Acompanhamos em parte as manifestações ocorridas ontem, 28, por conta da Greve Geral e captamos um dos relatos, de alguém que se fez presente e participou ativamente destes atos. Vale destacar e ele passa no texto, o excelente trabalho da briosa Polícia Militar do Estado de Sergipe, e que de forma democrática, acompanhou e garantiu a segurança dos manifestantes sem interferência, mas sim com orientação. Segue o relato de Julio César Lopes, do SindPrev/SE:
"Não, não é a Venezuela. Também não é Cuba em suas datas comemorativas marcantes. Estas imagens são de ARACAJU/SERGIPE, na MAIOR PARALISAÇÃO/GREVE DA CLASSE TRABALHADORA DE TODOS OS TEMPOS, de ontem, 28 de abril de 2017. E eu estava lá, junto com a família (Flávia Augusta e Mário Jorge) e inúmeros/as companheiros/as e companheiras de tantas lutas do Serviço Social, da base aguerrida do Sindiprev-SE e de vários outros/as camaradas e amigos, todos/as, fazendo história!
Assim como em outras cidades e estados do país a classe trabalhadora foi às ruas, realizando O MAIOR MOVIMENTO PAREDISTA QUE SE VIU NOS ÚLTIMOS ANOS. Lamentavelmente, a nossa mídia nacional, historicamente vendida e aderente ao capitalismo parasitário, não mostrou isso e, quando mostrou buscou deturpar o movimento, dando-lhe ares de "Vândalo" e para tentar descredibiliza-lo perante a opinião pública. Felizmente temos a mídia independente (redes sociais) que trabalham a contra-informação, além da imprensa internacional, que mostrou a realidade de um país em convulsão social e propenso a uma radical alteração no sistema político e econômico nacional.
Não houve conflitos (apenas o de "classes"). Aqui parabenizamos a polícia sergipana, ordeira, pacífica, diferente da truculência, covardia e autoritarismo de outras corporações pelo país. Em Sergipe se avançou muito nos últimos anos, identificando-se desde 2008/2009 (movimentos históricos das corporações militares no estado) com a ideia de que também eles/as (policiais) fazem parte da classe trabalhadora e que o movimento de ontem os representava (sim, havia militares não fardados e familiares de militares entre nós, fortalecendo o movimento em Sergipe), pois, a luta por garantias de direitos trabalhistas e por uma previdência social pública, universal e que garanta a proteção social dos trabalhadores e suas famílias, é o que nos aproxima a todos/as!
Aqui, diferente das jornadas de junho de 2013, houve direção programática e uma perspectiva progressista, classista e que, a uma só voz, dizia NÃO ÀS REFORMAS PREVIDENCIÁRIAS E TRABALHISTA!
O recado ao setor patronal e aos representantes do grande capital no Congresso Nacional também foi dado. Quem realmente produz as riquezas desse país e tem a capacidade de parar a produção social É A CLASSE TRABALHADORA! Ela fez isso ontem e, se necessário, voltará a fazer de novo, ainda mais forte e por ainda mais tempo. Aos parlamentares que defendem os interesses do mercado, seja no Congresso Nacional, seja nas Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais, fica a estrondosa mensagem: "quem votar (a favor dessas reformas draconianas), não voltará!"
*Sigamos em frente, até a vitória!"*
🗣 *Com informações do Facebook enviadas pelo seguidor "Passito"*